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HISTÓRIA DA REGIÃO

Pré-história - intensa ocupação humana do Alto Douro, de que subsistem importantes núcleos artísticos, como as pinturas e gravuras rupestres, algumas paleolíticas como as do vale do Côa, monumentos megalíticos, como o Buraco da Pala, esculturas zoomórficas e antropomórficas e castros;

 

séc. 1 - início da romanização, que redefine em todo o vale as linhas de ocupação do território e as actividades económicas; dá-se a reocupação dos castros, ocupação dos vales, onde se introduziram ou fomentaram a cultura da oliveira, dos cereais e sobretudo da vinha, cujas descobertas arqueológicas têm revelado muitas lagaretas cavadas na rocha, lagares, adegas e outros;

séc. 5 a 11 - ocupação sucessiva do vale do Douro pelos suevos, pelos visigodos e muçulmanos;

séc. 12 - reconquista cristã com continuidade do povoamento e miscigenação cultural no vale do Douro; Idade Média, finais - intensificação do povoamento no vale, da agricultura e trocas; crescimento de vilas e cidades, sobretudo as muralhadas; fixação e desenvolvimento de diversas comunidades religiosas, realçando-se o papel económico da Ordem de Cister, nomeadamente Salzedas, São João de Tarouca e São Pedro das Águias, que fundaram várias quintas nas encostas do Douro, nas melhores zonas de produção vitícola, algumas ainda existentes, aperfeiçoando as técnicas introduzidas pelos romanos; rio Douro transforma-se na principal via de transporte para escoamento dos produtos da região para o Porto, na foz do rio, que se assume como o grande centro distribuidor do vinho para os mercados internacionais;

séc. 16 - já eram famosos os vinhos aromáticos da zona de Lamego;

séc. 17 - continuação da expansão vitícola, com alterações na tecnologia de produção de vinhos e maior envolvimento nos mercados europeus; a conjuntura política favorece a exportação do produto para Inglaterra, que passa a ser o principal consumidor até meados do séc. 19;

1675 - a designação "vinho do Porto" surge, pela primeira vez, em documentação relativa à exportação de vinho para a Holanda;

1703 - Tratado de Methuen, entre Portugal e Inglaterra, concede direitos preferenciais aos vinhos portugueses; séc. 18 - os vinhos do Douro tornam-se dependentes do mercado inglês e um crescente número de mercadores daquele país fixam-se na cidade do Porto;

1727 - fundação de uma feitoria no Porto pela colónia inglesa;

1756, 10 Setembro - criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, para regulamentar os conflitos entre os interesses comerciais ingleses e os dos produtores do Douro; ordenava ainda a demarcação da região produtora; estabelecimento efectivo no terreno da Região Demarcada, assinalando o seu perímetro com 201 marcos graníticos ( Marcos que demarcavam a zona de produção

1761 - nova demarcação da região, colocando-se mais 134 marcos (Marco de demarcação

séc. 18 - a Companhia decide regularizar o rio Douro, eliminando os pontos e cachoeiras e mandando destruir as estruturas artificiais que particulares construiram no leito, bem como regulamentar a sua utilização, criando legislação restritiva da tonelagem dos barcos e o regimento a que devia obedecer a actividade dos arrais e companhas;

1786 - contratação de José Maria Yola, italiano da Sardenha, para demolir o Cachão da Valeira;

1788 - 1792 - demolição do Cachão da Valeira, permitindo a navagabilidade do Douro para montante e o desenvolvimento do vinhedo para o Douro Superior;

1852 - grande prejuízo na cultura da vinha na área do Baixo e Cima Corgo provocada pelo oídio;

1863, a partir - devastação dos vinhedos pela filoxera; 1867 - início da discussão sobre a construção do caminho de ferro na região;

1868 - 1869 - criação de legislação relativa à desamortização dos baldios;

1873 - início da construção do caminho de ferro até ao Pinhão;

1876 - grande esforço na recuperação dos vinhedos, com introdução dos porta-enxertos americanos, sobre os quais se enxertaram castas regionais;

1885 / 1886 - construção do caminho de ferro ao longo do rio Tua, até Mirandela;

 

1887 - prolongamento da via férrea até Barca de Alva;

1905 - 1906 - construção do caminho de ferro entre Mirandela e Bragança;

 

1906 - 1921, entre - prolongamento do caminho de ferro ao longo do rio Corgo;

1907 - nova demarcação da região de produção do Vinho do Porto, que passa a incluir o Douro Superior até à fronteira com Espanha;

1906 / 1907 / 1932 - a Comissão da Viticultura da Região do Douro, auxiliada pela Comissão Agrícola e Comercial dos Vinhos do Douro e pela Comissão Inspectora da Exportação do Vinho do Porto, assegurou as principais tarefas de controlo da produção e do comércio;

1911 - 1938 - prolongamento do caminho de ferro ao longo do rio Sabor;

1926 - criação em Vila Nova de Gaia do Entreposto "exclusivo" do Vinho do Porto, considerado como extensão da Região Demarcada do Douro, para efeitos de fiscalização;

1932 - criação da Casa do Douro, organismo disciplinador da produção;

1933 - criação do Grémio dos Exportadores do Vinho do Porto, para disciplinar o comércio, e o Instituto do Vinho do Porto, com funções de arbitragem entre as instituições sectoriais, fiscalização, garantia de qualidade e promoção da denominação de origem;

1932 - 1933 - o Estado introduziu um modelo corporativo de regulação, baseado nestes três organismos, de forte intervencionismo;

1935 - fixação de parâmetros para atribuição do direito de produção do Vinho do Porto, conhecido como "distribuição do benefício";

1937 - Casa do Douro inicia os serviços cadastrais;

1947 - passam a ser considerados novos elementos para uma melhor zonagem da área geográfica demarcada; década de 60, a partir do final - desenvolvimento de novas formas de armação de terreno e surriba, devido à falta de mão-de-obra, aos salários mais altos e à possibilidade de se recorrer a potentes máquinas de surriba, plantando-se a vinha em patamares; década 60 / 70 - construção das barragens do Carrapatelo, Bagaúste, Valeira e Pocinho; 1974 - abolição do modelo corporativo, mantendo-se, no entanto, em funcionamento os organismos sectoriais; criação da Associação dos Exportadores de Vinho do Porto, hoje Associação das Empresas de Vinho do Porto ( AEVP ); década de 80, a partir - ensaia-se uma nova técnica de plantação da vinha, designada por "vinha ao alto";

1983 - 1990 - Projecto de Desenvolvimento Rural integrado de Trás-os-Montes

1985 - 1990, entre - Programa de Desenvolvimento do Douro ( ORODOURO ); 1986 - alteração na legislação relativa ao Entreposto, permitindo os produtores exportar directamente os seus vinhos a partir da região;

1988 - publicação da lei orgânica do Instituto do Vinho do Porto; 1989 - publicação do estatuto da Casa do Douro;

1995 - instituição da Comissão Interprofissional da Região Demarcada do Douro ( CIRDD );

2000, 30 Junho - apresentação formal da candidatura do Alto Douro Vinhateiro a Património Mundial;

2001, 14 Dezembro - classificação como Património Mundial pela Unesco;

2003 - criação do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, para controlar e fiscalizar a produção de vinho no local;

FONTE

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