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Pátio Interior da casa da quinta

HISTÓRIA DA QUINTA DA CAPELA

1537, antes - provável edificação do solar primitivo, a mando de Pedro do Rego, fidalgo natural de Viana do Castelo, que, segundo a tradição, veio residir para Sendim, fugido das justiças;

1544, 3 Janeiro - notícia da instituição da capela da Senhora da Nazaré (v. PT0118), pelo bacharel Pedro do Rego e sua mulher D. Beatriz, ou D. Isabel Francisca de Vasconcelos, mediante testamento ditado nas notas do tabelião António de Proença, antes de embarcarem para a Ilha Terceira, e através do qual anexou à capela diversas propriedades de morgado, mais tendo disposto que a administração corresse pelos filhos mais velhos dos seus sucessores e que o visitador recebesse duas galinhas por fiscalizar as contas, sendo que os encargos se reduziam a uma missa em todos os sábados do ano e nas festas da Senhora; mais ordenou se guardasse uma cópia na arca das coisas da igreja e outra na do concelho, para em todos os tempos constar *1;

 

séc. 17 - provável ampliação do solar e construção da fonte que se encontra na cerca;

 

1639, 23 Junho - Domingas de Matos, mulher de Francisco do Rego de Gouveia, enquanto herdeira de seu marido, por escritura desta data, vincula novas terras à capela, onde queria ser sepultada, acrescentando mais 25 missas anuais, por sua alma e de seu marido, às obrigações antigas;

 

1683, 10 Abril - Miguel de Gouveia e Vasconcelos, senhor do solar, casado com D. Bárbara Pereira de S. Paio, de Armamar, enquanto herdeiro dos instituidores, compromete-se, por escritura desta data, a cumprir novos óbitos, que incluíam 2 missas por alma de Isabel de Vasconcelos e marido, Francisco Correia, outras duas por alma de Maria de Vasconcelos, viúva de Henrique de Almeida, acrescentadas às anteriores missas já instituídas *2;

 

1694, 17 Novembro - Falecimento de D. Bárbara Pereira de São Paio, mulher de Miguel de Gouveia de Vasconcelos, sendo sepultada na capela da Senhora da Nazaré; Séc. 18, inícios - notícia do morgado Manuel Pereira de Gouveia e Vasconcelos, de Sendim, filho de Miguel de Gouveia de Vasconcelos e sua mulher D. Bárbara Pereira de São Paio, e que era casado com D. Isabel Inácia Sarmento, natural de Algoso - Miranda;

 

1733, 3 Agosto - Nascimento, em Sendim, de Jerónimo Gouveia de Sarmento Falcão, primogénito varão de Miguel de Gouveia Sarmento e Vasconcelos e de sua mulher D. Helena Maria de Herédia Falcão, neto paterno de Manuel Pereira de Gouveia e Vasconcelos, de Sendim, e de D. Isabel Inácia Sarmento, de Algoso *3;

 

1868, 27 Dezembro - Em sessão desta data da Câmara de Moimenta da Beira, registam-se os nomes dos doze principais proprietários daquela vila, e em que sobressai o nome de José Guedes (Sarmento Loureiro de Vasconcelos), dono da Casa do Terreiro e demais propriedades (GUIA, p. 352, 2001);

 

1880 - Pinho Leal faz várias referências ao solar, ao referir a capela da Senhora da Nazaré, localizada "no centro da villa de Sendim, contigua ao solar dos Guedes, e um dos seus morgados", ao escrever que se localiza em Sendim "o solar dos Guedes, de Moimenta da Beira, e teem aqui uma casa muito antiga, e uma quinta com plátanos gigantescos", e ao concluir que naquela época se conservava entre outros edifícios privados notáveis o dos "Guedes Sarmento, de Moimenta da Beira", "com brazão d'armas";

 

1880, década - A Junta de Paróquia lançou um imposto aos proprietários da freguesia, que os sujeitava ao pagamento de 4% do valor da contribuição paga ao Estado, indo reverter a favor dos interesses da Paróquia, sendo que, de uma longa lista de contribuintes, é possível registar as dez maiores quotas, uma delas no valor de 804 reis referente a José Guedes Sarmento, de Moimenta da Beira, proprietário do solar e de outros haveres em Sendim *4;

 

séc. 20, 1.ª metade - o solar, juntamente com a capela da Senhora da Nazaré, é vendido a Artur dos Santos Parente, de Távora; meados - os imóveis são adquiridos ao anterior proprietário por Daniel dos Santos; 2.ª metade - recuperação e beneficiação de duas das alas do solar, pelos proprietários, para fins habitacionais; finais - o imóvel passa por herança para os atuais proprietários.

Dias de hoje - Quinta em permacultura e agricultura biológica que cria, plantar e protege espécies e produtos endógenos do território rural , cultural e natural da região.

Há três nascentes na Quinta, que irrigam dez hectares férteis, onde plantamos e colhemos uma variedade enorme de legumes e frutas.

 

Crescem também patos, galinhas, coelhos, gansos, gatos, cães, ovelhas e três colmeias de abelhas que nos abençoam com a polinização e o seu delicioso mel.

Cronologia: (Fonte

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